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quarta-feira, 11 de abril de 2012

A dedicação

Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho: —Pai, quanto o senhor ganha por hora? O pai, num gesto severo, responde: —Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado! Mas o filho insiste: —Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora? A reação do pai foi menos severa e respondeu: —Três reais por hora. —Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real? O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu: —Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais! Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou: —Filho, está dormindo? —Não, papai! – o garoto respondeu sonolento e choroso. —Olha, aqui está o dinheiro que você me pediu: Um real. —Muito obrigado, papai! – disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama. —Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?

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