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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

2. O CRISTÃO
Não deve haver dicotomia entre o comportamento pessoal do cristão diante dos poderes constituídos e o comportamento da igreja de Cristo como todo. Isto significa que a orientação da igreja segue a revelação de Deus sobre o assunto, e como tal deve ser obedecido por todos os  membros do corpo de Cristo. Imaginemos uma mão intencionando fazer uma coisa e a outra mão intencionando fazer outra coisa. Ambas não realizariam nada porque não poderiam atuar em projetos diferentes. Ou, se a cabeça ordenasse a mão que se posicionasse numa determinada direção e a mão se dirigisse em outro sentido. Nada se realizaria. Igualmente o corpo de Cristo que é a igreja não poderá se dissociar dos ensinos da Palavra revelada.  Deve haver coerência, metas e objetivos a serem alcançados. Assim, os mesmos princípios aplicados a igreja devem ser aplicados a todos os crentes isoladamente.
A participação do crente na política tem sido muito questionado em nossos dias. O que mais chama à atenção da comunidade cristã no exercício dos cargos eletivos, é que os testemunhos daqueles que tem alcançados os cargos públicos. Tanto na área do legislativo como do executivo, e até mesmos em cargos de confiança dos governos, tanto a nível federal como estadual, tem deixado muito a desejar, pelo menos é o que temos observado entre muitos dos que tem sido eleitos.
Após a abertura democrática no país, verificamos uma crescente ascendência de evangélicos ingressando na carreira política. Ao mesmo tempo temos visto que muitos destes irmãos não conseguiram sua reeleição, em eleições posteriores, pelo simples fato de terem fracassado como políticos. Muitos escandalizaram o evangelho de tal modo que tornaram-se opróbrio no meio do povo de Deus. Decepção e escândalo para o evangelho e para a Igreja de Cristo. Não estavam aptos para exercerem os cargos eletivos à luz da palavra e testemunho do evangelho como sal da terra e luz do mundo. O seu sal tornou-se insosso para a terra e a luz apagou-se no meio das trevas.
O crente pode e deve encarar a carreira política como algo natural, como se fosse uma outra carreira qualquer, dentro da nossa sociedade. Os cargos eletivos e de confiança nos diversos escalões do governo estão tanto para o ímpio como para o cristão. E, a Bíblia em nenhum momento menciona a desaprovação de Deus quanto a fazer acepção de pessoas, para o exercício do poder. Na história do povo hebreu vimos que José foi vendido por seus irmãos. No Egito ele não se corrompeu diante das tentações da mulher do Ministro Potifar e pagou caro pela sua fidelidade ao seu Deus. Foi preso e castigado, mas levantou-se quando o Rei precisou de quem interpretasse o seu sonho. José interpretou o sonho e em seguida foi nomeado Governador, tornando-se uma benção para o Egito e mais tarde para o povo hebreu. (Gen. 41:38-40).
No cativeiro babilônico Daniel preferiu não se alimentar dos manjares do rei. Tornou-se tão belo e forte quanto os demais cativos do reino destinados a serem instruídos nas letras e língua dos caldeus. (Dan. 1:4). Daniel foi ricamente abençoado por Deus no meio de um povo estranho tornando-se príncipe no meio deste povo estranho (Dan. 6:2). Foi condenado a cova dos leões, mas não se prostrou, nem prestou adoração ao rei Dario, antes manteve-se fiel a Deus. Passada a noite Daniel manteve-se vivo pela proteção de Deus que fechou a boca dos leões. Daniel saiu amparado pelo Rei Dario que já havia se arrependido de seu edito. Agora fez um novo decreto publicado e divulgado para cumprimento em todo o domínio do império para que todos os homens temessem e tremessem diante do Deus de Daniel. “...porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até o fim. Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (Dan. 6:26-27). Deus foi glorificado na vida de seu servo Daniel. O cristão glorifica a Deus e é uma benção para os homens e para as nações quando se mantém fiel ao Senhor.  
Augusto Bello de Souza Filho
Bel em Teologia
    

domingo, 1 de novembro de 2015

VOU PUBLICAR AQUI NO BLOG UM TEXTO MUITO INTERESSANTE QUE LI DO AUGUSTO BELLO DE SOUZA FILHO - BACHAREL EM TEOLOGIA SOBRE
 A IGREJA,O CRISTÃO E  A POLÍTICA. O PRIMEIRO DESTA SÉRIE SERA A IGREJA.
1. A IGREJA

A igreja de Cristo é a agência do Reino de Deus na terra. O apóstolo Pedro em sua primeira epístola nos dá o perfil da igreja de Cristo em sua essência quando se referindo a ela afirmou que a igreja é a “...geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (I Pe. 2.9-10). Deus elegeu Israel para ser o seu povo, mas Israel não correspondeu ao amor de Deus. Deus elegeu então a igreja em Cristo Jesus para tornar-se eternamente o seu povo. “Fui buscado dos que não perguntavam por mim; fui achado daqueles que me não buscavam. A um povo que se não chamava do meu nome eu disse. Eis-me aqui” (Isaias 65:1). É glorioso sabermos que somos um povo do qual Deus inspirou escatologicamente ao profeta para expressar que este povo estranho o buscaria de tal modo, que Deus se faria presente. Em Cristo se cumpriu a profecia de Isaias e  Jesus orando por seus discípulos deixou bastante claro quando se expressou dizendo: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci; e estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles e eu neles esteja” (João 17: 24-26).

A igreja é a grande eleita na eleição de Deus. Voltando ao texto de Pedro verificamos que o apóstolo deixou bem claro e definido critérios para serem observados pela igreja de Cristo como geração eleita de Deus. “Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior; quer a governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus”. E Pedro conclui dizendo: “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao Rei. (I Pe 2:13-17). A luz deste texto entendemos que é a vontade de Deus que Sua igreja, respeite os poderes constituídos. O testemunho da igreja deve está de tal modo evidenciado, que possamos tapar a boca dos homens ímpios. O sacerdócio real está sobre a igreja e como sacerdotes e profetas de Deus que somos, devemos ser instrumentos de transformação do mundo pelo amor. Devemos colocar as autoridades diante de Deus, conforme o Apóstolo Paulo chamou à atenção de Timóteo, dizendo: “Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações intercessões, e ações de graças por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (I Tim. 2:1-3). Aí está o grande ensino do Novo Testamento para o comportamento da igreja como povo de Deus. Escrevendo a Tito, o apóstolo Paulo reportou-se ao mesmo assunto, dizendo: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens”. (Tito 3:1-2). Diante destes textos concluímos que Deus abomina a desobediência às autoridades que por Ele mesmo foram constituídas sobre as nações e Reinos. “...afim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens, e os dá a quem quer, e até ao mais baixo dos homens constitue sobre eles” (Dan. 4:17).     
Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O vento e o sol

O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
– Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte. Você começa, – propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo setiu calor e despiu o paletó.
Moral da história: O amor constrói, a violência arruína.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Os Três Conselhos

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Um dia o marido fez a seguinte proposta a esposa:” Querida… eu vou sair de casa. Vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável.
Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você “.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar e foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.
O pacto seria o seguinte:
” Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.
Eu também não quero receber o meu salário. Peço que o senhor o coloque-o na poupança, até o dia em que eu for embora.
No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho “.
Tudo combinado, aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse: “Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa”.
O patrão então lhe respondeu:
“Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes,quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.
Vá para o seu quarto e pense. Depois me dê a resposta “.
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: ” Quero os três conselhos “.
O patrão novamente frisou: “Se eu lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro, certo ” ?!
E o empregado respondeu: ” Quero os conselhos ! ”
O patrão então lhe falou:
1º ) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida;
2º ) Nunca seja curioso para aquilo que é mau, pois a curiosidade para o mau pode ser mortal;
3º ) Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
” Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro e para comer com sua esposa quando chegar a sua casa “.
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe e casa e da esposa que ele tanto amava.
Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:
” Para onde você vai ?”
Ele respondeu:
” Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.
O andarilho disse-lhe então: Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que ” é dez ” e você chega em poucos dias.
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho.
Então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão a beira da estrada, onde pode hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor.
Levantou-se de um salto só e dirigiu-se a porta para ir até o local do grito.
Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que havia ouvido.
O hospedeiro disse: ” E você não ficou curioso ? ” – Ele disse que não.
No que o hospedeiro respondeu: ” Você é o primeiro hospede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura; grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal. ”
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada… Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre seus braços, um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu correr ao encontro dos dois e matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho.
Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:
Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta.
Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela.
Dirigiu-se a porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com lágrimas nos olhos, lhe diz:
” Eu fui fiel a você e você me traiu … ”
Ela espantada lhe responde:
” Como ? Eu nunca te trai, esperei durante esses vinte anos !!! ”
Ele então lhe perguntou:
” E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer ?”
E ela lhe disse:
” Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que
estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade. ”
Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua história,enquanto a esposa preparava o café.Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão.
Após a oração de agradecimento,com lágrimas e emoção, ele parte o pão e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação.
Muitas vezes achamos que o atalho ” queima etapas ” e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade…
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará …
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois …
Espero que você, assim como eu, não se esqueça desses três conselhos e não se esqueça também, de CONFIAR, mesmo que a vida, muitas vezes, já tenha lhe dado motivos para a desconfiança.