"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo
que o homem semear, isso também ceifará". (Gálatas 7:6)
Livre arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção. Em
todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para
escolher. E a cada momento a vida nos exige decisão. Sempre temos que optar
entre uma ou outra atitude. Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos
optando entre uma atitude ou outra. Ao ouvir o despertador podemos escolher
entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para
agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades, no corpo físico.
Ao encontrarmos o nosso familiar que acaba de se levantar,
podemos escolher entre resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do
fundo da alma, um bom dia. Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar
entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o
ambiente com mau humor.
Conta um médico que trata de pacientes com câncer, que as
atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas. Diz ele que
duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que extirpar um seio por
causa da doença. Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com
os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também
tivesse os netos para curtir.
Quando alguém o ofende, você pode escolher entre revidar,
calar-se ou oferecer o tratamento oposto. A decisão sempre é sua. O que vale
ressaltar é que todas as ações terão uma reação correspondente, como
consequência. E essa reação é de nossa total responsabilidade. E isso deve ser
ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e
leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua ação e, por
conseguinte, de sua inteira responsabilidade.
Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: para uma
ação positiva, um efeito positivo, para uma ação infeliz, o resultado
correspondente. Se você chega ao trabalho bem humorado, alegre, radiante, e
encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa
dele ou fazer com que ele sintonize na sua.
Você tem ainda outra possibilidade e escolha: ficar na sua.
Todavia, da sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe
pertencem.
Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é
obrigatória. Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se
semeamos sementes de flores, colheremos flores, se plantamos espinheiros,
colheremos espinhos.
Não há outra saída. Mas o que importa, mesmo, é saber que a
opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a
justiça divina. Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar,
um dia darão seus frutos. São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina,
que aparentemente ficam impunes. Um dia, ainda que seja numa existência futura,
eles aparecerão e reclamarão colheita.
Igualmente os atos de renúncia, de tolerância, de
benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e
darão bons frutos e perfume agradável. É só deixar nas mãos do jardineiro
divino, a quem chamamos de Criador.
Texto transcrito - Desconheço a autoria do texto
